terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

“Honrar a semente não germinada” –“Honrando la semilla no germinada”

Tenho buscado entender as coisas que me acontecem através da ótica do Sagrado Feminino, e esse processo tem sido algo transformador e muito emocionante, pois tem me colocado em sintonia e conexão com as outras mulheres e com a natureza ao redor. 

Tem algumas questões que tem me tocado muito nos últimos dias e recebi algumas nóticas de alguns encontros acerca do sagrado na Colômbia, encontrei um em específico cujo nome foi “honrar a semente não germinada” me tocou muito, pois veio como uma espécie de resposta e por demonstrar o reflexo da natureza em nosso corpo, nos mostrando que certos acontecimentos por mais dolorosos que possam ser, são naturais e não temos culpa por eles. 

Nesse trecho que traduzi, é dito um pouco sobre como foi o encontro e o tema sendo trabalhado visando a cura dessas mulheres e suas sementes. “Começamos um encontro em círculo, nos guardamos na proteção da nossa feminilidade, nos acompanhando na respiração para retornar ao nosso ser e ir integrando e transformando as memórias perdidas do passado para curar nossos ventres, reconhecendo em meu útero o útero das minhas antepassadas, chamando-as e chorando para que suas dores sejam curadas através de nossos corpos. Ali, reconciliando-nos com a semente que não pôde ser, nos perdoamos, nos abraçamos e nos abençoamos. Nós, honramos juntas essas sementes, reconhecendo nossa maternidade divina para dar amor a nossas experiências e as de nossas antepassadas.” 

Para que algumas árvores floresçam quantas sementes não deixam de germinar? Outro trecho do encontro : “havia muitos motivos e circunstâncias pelas quais essas sementes não germinavam em nossos ventres, no entanto, havia em comum cicatrizes e feridas que deveriam ser vistas redescobertas e resinadas.” Ou seja, a partir desse momento de dor é necessário que façamos uma revisita ao nosso interior para processarmos o que passou recentemente e o que esta armazenado dentro de nós e que precisa ser trazido a tona para que trabalhemos e possamos curar e então tentar fechar essa ferida, assim como as árvores se regeneram e liberam resinas. Para que depois de um tempo possamos voltar a lançar sementes. 

Não tem como não se emocionar com tamanha grandeza e sensibilidade a partir de uma compreensão tão elevada desse processo que muitas mulheres passam e deixam muitas marcas em suas vidas, mas como dito antes precisamos aprender com as árvoves a nos “resinar”. O Sagrado Feminino é esse movimento lindo de despertar que nos toca e transforma de uma forma tão terna e doca. Gratidão ao Universo e a dividade feminina que habita em todas nós. 

P.s: Dedico à aquelas que estão passando por esse momento, saibam que todos os dias lhes envio forças para que possa florescer uma bela flor da sua dor. 

Link do Encontro: http://udsanoticias.blogspot.com.br/2018/01/honrando-la-semilla-no-germinada.html





*Referência/autoria da imagem não encontrada, disponível em Getty e Google Images

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Ciclos da Lua Branca e Vermelha por Miranda Gray

Quando passamos a nos observar e viver nossas fases percebendo nossas alterações e conexões com as fases da lua, algo muda dentro da gente, é como se aprofundássemos nossas relações internas e com toda a natureza ao redor. Quanto mais estudo e sinto o sagrado feminino, mas encantada fico com as conexões que vão se dando. Para mim toda vez que penso ou converso sobre o tema é como se algo florescesse dentro de mim, me sinto mais conectada e as coisas passam a fazer mais sentido.

Bem escrevo sobre algo que já tive a oportunidade de falar com algumas mulheres sobre o assunto, mas senti que seria interessante compartilhar por aqui também. Quem escreveu sobre isso foi Miranda Gray, a idealizadora da benção mundial do útero. Como citei no início a lua tem forte influência em todos os seres, mas nas mulheres digamos que tem uma influência a mais, pois somos cíclicas como a lua, vivemos as quatro fases durante o mês. 
Dentro disso resolvi compartilhar esse trecho que fala um pouco mais sobre o assunto no livro Lua Vermelha de Miranda Gray (p.118-119).

OS CICLOS DA LUA BRANCA E DA LUA VERMELHA

A menstruação costuma produzir-se aproximadamente quando há lua cheia ou nova. E em cada lua ira ter um ciclo e influência diferente, já que cada lua representa um arquétipo diferente (pensarei e um próximo texto falando destes).
Bem comecemos pelo “ciclo da lua branca é quando coincide a energia fértil feminina e a da lua cheia (considerada fértil também), representa uma grande oportunidade para que as forças criativas da mulher se expressem na concepção. Assim, este ciclo se converteu em o dia da "boa mãe", que é o único aspecto que aceita a sociedade patriarcal. De maneira contrária, o ciclo da lua vermelha se dá quando a ovulação coincide com a lua nova, era menos aceitável; que deve seu nome as manchas de cor vermelho sangue que se pode ver na lua cheia quando aparece no horizonte, onde a atmosfera é mais densa. Assim, ao ter lugar a ovulação quando há lua nova - é dizer, na obscuridade-, as energias criativas da feiticeira se manifestam a partir do momento em que começa a aparecer luz novamente.”

“O ciclo da lua vermelha se centra no desenvolvimento interior e a manifestação do mesmo, e não a expressão das energias baseadas na procriação e no mundo material, como na lua branca. Como os homens consideraram o ciclo da lua vermelha mais poderoso e menos controlável, este ciclo se converteu em o da "mulher malvada", a sedutora, a feiticeira ou a horrível bruxa, cuja sexualidade não estava destinada precisamente a dar vida a futura geração”. Ou seja, a mulher estando mais voltada para si mesma e estando fértil numa lua obscura, representava um maior risco ao patriarcado, pois, ao se conectar com a sua interioridade pode chegar a perceber mais coisas ao redor e até mesmo a própria opressão sofrida, em relação as que estavam conectadas com o mundo material (não que estas também não pudessem chegar as mesmas percepções), se tornando mais difíceis de controlar e prever.

“Sem embargo, ambos os ciclos são a expressão das energias femininas, e nenhum é mais poderoso ou melhor do que o outro. De fato, ao longo da sua vida talvez comprove que os seus ciclos possam mudar de orientação entre o da lua branca até o da lua vermelha, segundo suas circunstancias pessoais, ambições, emoções e metas.” Mesmo que a sua lua não esteja definida na fase cheia ou nova, entende-se que esteja em processo de transição, onde é possível perceber analisando a partir das anotações dos últimos períodos qual tem sido a lua que tem sido mais recorrente.
(não encontrei referência da imagem)

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Emendas parlamentares e compra de votos

Em um momento que as emendas parlamentares estão em alta, e pudemos ver o “presidente” Michel Temer distribuindo-as de maneira significativa a alguns dias atrás. Resolvi escrever um pouco sobre aqui, pois encontrei sem querer um livro de um ex-juiz, o redator da ficha limpa, que fala sobre a prática da política brasileira, referenciado abaixo.

Começando a leitura, no segundo item/capitulo, intitulado “assalto ao orçamento” ele fala sobre os processos, dando inicio por destacar que um deputado tem direito a dois gabinetes (em Brasília e no estado de origem) e também pode “dar” 25 postos de trabalho a até 25 secretários parlamentares. (imaginemos o gasto disso e claro toda uma estrutura de controle e promessa a essas pessoas). Seguindo, o autor, destaca alguns meios de se obter dinheiro direto para si e para futuros financiamentos de campanha. Pois bem, “você já deve ter ouvido falar em emendas parlamentares, mas provavelmente nunca se interessou de fato em saber o que elas são. A maior parte da população instruída – falo de gente que acompanha o noticiário –, vê com profundo tédio as reportagens sobre o impasse na aprovação do orçamento, quando  parlamentares  de  todos  os  partidos  e  todos  os  Estados  se  digladiam  para  obter  uma  fatia maior  de  recursos  a  serem  distribuídos  em  seus  redutos  eleitorais.  Sim,  tudo  isso  é  muito  chato. E quanto mais modorrenta a coisa parecer, menos fiscalização sobre nós (deputadas/os). É maior o espaço de manobra para obtermos verbas vultuosas que alocaremos do modo que nos for mais conveniente”.

Onde as/os deputadas/os tem a abertura e possibilidade de alterar o direcionamento do conteúdo dos recursos e orçamentos da união, onde “são até 21 emendas por deputado. Nem tudo é aprovado, claro, porém as perdas já são  calculadas  de  antemão.  Dá  para  comprometer,  só  com  as  emendas incorporadas  ao  orçamento,  perto  de  R$  20  bilhões.” E ainda como apontado por um relato de um deputado entrevistado “uma das facilidades de burlar o sistema vem justamente de não ser obrigatória a proximidade geográfica entre a base eleitoral do parlamentar e a sede da entidade beneficiária. Fica mais difícil o trabalho para qualquer promotor ou ativista chato. Além disso, tenho 14 prefeitos sob minha influência. Eles me ajudam a ser eleito. Eu os ajudo a permanecer  no  poder  em  seus  municípios.  Eles  precisam  de  dinheiro.  Eu  preciso  de  dinheiro. A emenda parlamentar é uma fonte certa e segura de garantir que nossas necessidades sejam atendidas.” E ainda afirma que “todo deputado sabe disso: as emendas são a chave da próxima eleição. É o nosso financiamento público de campanhas, onde precisamos ter certeza de que uma parte significativa do dinheiro das emendas retornará para a nossa campanha eleitoral.”

E ainda ressalta que “é por isso que existem governo e oposição. A diferença entre ser governista e ser oposicionista reside em ter maior ou menor acesso às emendas. Mas todos nós temos acesso em algum nível, e esse dinheiro será sempre destinado para finalidades eleitorais. Ele assegura que saiamos na frente dos nossos adversários. Além de prover dinheiro fácil para a campanha, a emenda traz outra vantagem preciosa para  o parlamentar que ambiciona se reeleger. De imediato, mostra às nossas bases eleitorais que somos influentes  o  bastante  para  levantar  recursos  em  benefício  delas.  Isso  fortalece  as  relações  de confiança que mantemos com as prefeituras parceiras.” Nisso podemos ver nitidamente em nossos municípios os ônibus e construções que ficam expostos como se fosse mérito do deputado com sua imensa boa vontade em “ajudar” a população. O que não passa de uma ilusão, pois o único interesse é o beneficio próprio e de sua base. Para ilustrar isso o autor destaca que “para monitorar essa cadeia com  eficácia,  nós  construímos  relações  sólidas  com  as empresas,  as  prefeituras,  as  instituições  de  nossa  confiança.  Elas sempre  atuam  como  nossas parceiras, de comum acordo com nossos objetivos eleitorais. O que nós queremos é bom para elas. Por isso, nunca encontramos problemas em obter ajuda desses parceiros.” 

Alguns exemplos dessas práticas: Jacareiguara e Passa-Seis são duas cidades do meu Estado. O posto de saúde de Jacareiguara está desativado há sete meses, devido a uma tromba-d’água que levou o teto da enfermaria e destruiu as instalações internas. Em Passa-Seis, o posto funciona normalmente, com um inconveniente: quando chove muito forte, várias goteiras deixam a área de espera inundada. Uma boa reforma resolveria o problema em Passa-Seis, porém o prefeito Alcides Taveira, meu amigo e correligionário, quer uma nova unidade de saúde para inaugurar no ano da eleição. Claudio Zanetta, o prefeito de Jacareiguara, realmente precisa de um posto de saúde e está batalhando por isso: a necessidade o fez engolir o orgulho a ponto de vir bater à porta do meu gabinete. Justo comigo. Eu, antigo desafeto do Zanetta no diretório estadual do partido. Adivinhe para quem eu vou destinar a emenda?” 

Outro exemplo: “Quando cheguei a Eustáquio, já estava tudo pronto para a inauguração. Era uma escola prevista para  ter  dez  salas  de  aula.  Mas, na  hora  da  distribuição  dos  recursos,  as  coisas  não  saíram  bem assim. A escola ficou com seis salas de aula. Todas pequenas, mas excelentes para as crianças. Elas serão acomodadas com relativo conforto graças a outra pequena modificação no projeto: a mobília prevista no edital, uma cadeira e uma pequena mesa para cada aluno, foi substituída por carteiras universitárias,  aquelas  em  que  o  estudante  usa  a  extensão  de  um  braço  da  cadeira  para  apoiar  o material. Ganhou-se espaço sem nenhuma perda para a população.” Como a população desconhece os projetos em que os recursos são destinados, não se dão conta das alterações para desvio de dinheiro.

O que fica é a ideia na população de que “o nobre deputado, não esqueçam, já  provou  que  é  amigo  dos  seus  amigos.  Na  hora  da dificuldade, é ele quem socorre o nosso município. Por isso, nunca nos esqueceremos de retribuir o seu carinho por Eustáquio Pessoa”. Onde apontam que “conseguir uma emenda não é fácil. Exige muito esforço do parlamentar que, além do mais, precisa atender a uma multidão de pessoas que o procuram atrás desses recursos. Então, nada mais justo que remunerar de alguma maneira  essa  atuação  do  deputado.  Não  pode  passar  em  branco.  Suamos  a camisa para direcionar o dinheiro, e quem vai recebê-lo sabe que merecemos bem mais do que um “muito  obrigado”.  Afinal, como  vamos  nos  eleger  para  continuar  trazendo  dinheiro  para  a comunidade?, o autor ainda destaca que  “o  deputado  que  conquistou  a  emenda  tem  direito  a  20%  do  valor transferido. No mínimo.” Outro dado alarmante, pois porque um deputado tem que receber dinheiro por fora do seu salário para executar algo que já foi pago. A partir desses argumentos podemos perceber como o dinheiro da população é tratado como algo próprio deputada/o ou representante e utilizado para o enriquecimento e perpetuação de um sistema político que tem por base o desvio de dinheiro, a corrupção escancarada.

Qualquer semelhança não é mera coincidência com o que temos vivenciado, seja o município em que estivermos. Sei que estamos em um momento muito critico, e não sabemos o que fazer e para quem denunciar as coisas erradas que vamos descobrindo, mas o que me conforta é a possibilidade de ir compartilhando esses conhecimentos para que analisemos o que nos vem sendo “imposto” por uma via mais critica e que na hora certa para nos juntarmos em algo tenhamos uma compreensão mais ampliada da realidade em que estamos inseridas/os.

Relatos e citações retiradas do livro: "O nobre deputado" de Márlon Reis, entendo que houve muitas polêmicas em cima do livro e da imprensa, porém a intenção não é generalizar que todas/os deputadas/os realizam essas práticas, porém é preciso destacar e repudiar esse tipo de prática e modelo de “política”.   

Abaixo o links de alguns exemplos recentes dessas práticas, quentinho, aconteceu esses dias em rede nacional:




sábado, 24 de junho de 2017

Experiências e conexões

Esses dias atrás participei de uma sessão de tethahealing que foi muito interessante, pois veio a me confirmar a necessidade/possibilidade de curar várias questões pelas minhas raízes. Partindo do perdão e da tentativa de eliminar padrões repetitivos para poder me curar. Ainda estou sentindo a brisa suave da sessão e a lembrança tão viva do meu pai e mãe caminhando juntos, rindo e dando graças por tudo que passaram de doloroso e difícil e ao final da estrada se abraçam, os corações vibram forte em forma de perdão e uma luz rosa os envolve e pulsa entre eles, para que possam romper com toda dor e peso que carregam dos ancestrais e assim viver suas relações de maneira plena. Eu caminhando ao lado, mas eles não me vêem, quem sabe seja a minha parte dentro deles, já que sou um pedacinho dos dois.

A cura pelas raízes é o processo de volta a tudo que carregamos dos nossos ancestrais, padrões que  vem conosco e tendemos a reproduzi-los, mesmo que de maneira inconsciente. Quando buscamos essa quebra em nós mesmos, liberamos nossos pais e mães e toda nossa linhagem familiar. Buscando a cura e perdão, envolvendo todos em uma mesma energia, conectando cada vez mais com a energia universal que nos liga uns aos outros.

Sou muito grata ao universo por me proporcionar momentos assim, que me dão um maior sentido de seguir a caminhada a partir das conexões e sensações para além do tempo e do espaço.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Dia do Meio Ambiente


Hoje é considerado o dia internacional do meio ambiente, o que serve para nos lembrar que a natureza continuará existindo com ou sem nós, já nós sem ela a vida se torna impossível. Ao produzir de maneira tão desenfreada e destrutiva, o modo de produção capitalista, poderá levar a auto-extinção de nossa espécie, se assim continuarmos. Portanto se reconhecer como parte do meio ambiente e não como os seres mais importantes desse planeta é fundamental para nos vermos apenas como uma parte que precisa desses recursos para continuar existindo. A natureza já existia sem nós e continuará existindo, agora cabe a nós enxergarmos nosso papel nesse processo, e claro enxergar quem são os maiores destruidores dos recursos naturais, que não é você que está lendo e nem eu. Os maiores responsáveis por tanta destruição são os donos dos grandes latifúndios baseados na monocultura e gado que desmatam as florestas e secam as nascentes em beneficio do agronegócio, as mineradoras junto às demais empresas transnacionais que não produzem mais os itens necessários para uma existência saudável e sim meros produtos/mercadorias onde a maioria das pessoas se ilude ao poder escolher entre tantas opções vazias de conteúdo. 
É preciso auxiliarmos no processo de preservação do meio ambiente e também identificar o quão conivente estamos sendo com esse modo de produção extremamente destrutivo.



Foto: Bento Rodrigues, Mariana-MG (2015) após o rompimento da barragem do fundão da mineradora SAMARCO (VALE/ PHP BILLINTON). 
Obs: Não encontrei de quem era a foto

terça-feira, 30 de maio de 2017

Pra tocar o coração e sacudir a poeira

Sabe aqueles dias em que você se sente sem direção, vagando, e tal sensação de tão intensa, muitas vezes nos paralisa. Pois é tenho me sentido assim, sei que é passageiro, como tudo. E como fazer para mudar essa sensação?  Comigo quase sempre acontece por meio de alguma manifestação artística, onde um dos papéis principais da arte é nós despertar, tocar nossos corações e mostrar que tudo é muito maior do que “julgamos” ser. E como na maioria das vezes o universo me envia respostas de uma forma tão singela e perfeita, encontrar essa música foi uma dessas respostas que fazem a gente sacudir a poeira, inspirar fundo, nosso coração se encher e encarar tudo que incomoda e dói com força, fé e coragem...

Segue a música presente: Own – Sérgio Pererê

Gratidão! 

sábado, 13 de maio de 2017

Até quando...

Se, da senzala a dor,
Ainda o corpo grita,
Do quilombo a flor,
Também o coração agita
E da favela, o sonho
Um dia ressuscita! - Carlos Gabriel

No dia 13 de maio de 1888 foi sancionada a Lei Áurea, abolindo a escravidão aqui no Brasil, e 129 anos depois percebemos que a abolição não aconteceu de fato, pois se assim o fosse, a data de hoje não seria o dia nacional de denúncia contra o racismo, esse mesmo que tanta gente nega e reproduz cotidianamente.

Não sou negra nem protagonista dessa luta, nem sentirei em minha pele o racismo perpetuado por uma sociedade hipócrita e preconceituosa. Mas toda vez que presencio uma cena ou escuto alguma história, isso me dói na alma, olho para minha pele e me entristeço. Pois me da vergonha e muita tristeza em pensar nessa distinção de pessoas pela cor da pele, distinção essa que podemos ver claramente no acesso (negado) e pela falta de oportunidades. É muito simples perceber como a nossa sociedade trata as pessoas negras, basta olhar alguém próximo a nós ou simplesmente olhar a cor da pele da maioria das pessoas que vivem nas favelas, a cor da juventude que é massacrada todo dia e que também está lotando os presídios.

Segue um vídeo que sempre me emociona quando falo/penso no assunto. #euempregadadoméstica
https://www.youtube.com/watch?v=_d_n-z3s8Lo