Sentada em meu quarto, olho ao redor, tudo esta de uma forma que não gostaria que estivesse, bagunçado, penso, é simples só fazer como gostaria e pronto. Seria assim se eu não sofresse de estagnação, me sinto ancorada a essa situação que me corroe, e o pior é a sensação de não conseguir se desprender dessas amarras invisíveis aos olhos, mas sentidas na mente.
domingo, 23 de novembro de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
Caindo
Sinto-me em queda livre, de tanto tentar controlar, já não
controlo mais nada, apenas sinto a cabeça pesando e as lágrimas caindo sem
parar, como se houvesse arrancado a torneira do cano e a água jorra sem parar. Talvez
por estar sentindo o abismo que se abre entre nós e eu já não consigo conter
mais nada. Então me pergunto como algo descontrolado conseguiria controlar o
que ele mesmo provocou? Resta-me esperar ver o tamanho da queda para ter noção
do tamanho do buraco em que me meti, e quem sabe tentar começar do zero a
escalar as paredes...
domingo, 11 de maio de 2014
A falta que faz
O tempo vai passando e
as vidas seguindo, mas num dia desses não há como não lembrar e sentir a falta
de alguém que aqui não jaz mais. Sua falta é tão grande em mim que até posso
sentir o aperto em meu coração. E pensar que não te verei mais, só em minha
lembrança, da nossa última troca de olhares, quando me disse que já não dava
mais pra continuar, aquilo foi o mesmo que levar um tiro no peito, fiquei sem
reação, precisava ser forte por você, e tenho tentado até hoje. Sem dúvidas meu
maior exemplo de que vale a pena lutar pela vida suportando as piores dores,
essas que as vezes nem a morfina era capaz de tirar. Nunca ouvi uma reclamação
ou queixa, aliás a única foi a última. Uma mulher que acreditava na
bondade acima de tudo, que tinha uma esperança maior que o mundo de que tudo
acabaria bem. É muito difícil viver com uma falta que jamais será preenchida,
um vazio que nunca será tapado. Ainda bem que temos as lembranças para nos
consolar e ao mesmo tempo desesperar, por pensarmos/querermos sempre mais do
que fizemos.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Convivência
Conviver com pessoas tão diferentes de si não é tarefa fácil pra
ninguém, ainda mais quando os seus limites e espaços são extremamente
delimitados não sei se pela maneira de criação ou da própria personalidade, onde
o que é meu tem que ser usado da maneira que eu julgo ser certa e não de
qualquer maneira como se fosse de si próprio, estas coisas podem parecer tão fúteis
para algumas pessoas, mas me deixam com uma sensação de estar tudo revirando
dentro de mim numa mistura de raiva e incomodo por não poder/saber expressar o meu
incomodo com algumas situações que para mim são extremamente invasivas.
O incrível é que percebo como me atrapalha e tento me controlar e encarar de uma maneira mais
natural, mas não consigo, a sensação é maior, então o meu refugio é dizer através
das palavras o meu descontentamento como forma de desabafar, diminuindo a
intensidade disso tudo. É como Fernando Sabino bem disse, mas a convivência é feita também de silêncio, e distância.
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