terça-feira, 26 de setembro de 2017

Ciclos da Lua Branca e Vermelha por Miranda Gray

Quando passamos a nos observar e viver nossas fases percebendo nossas alterações e conexões com as fases da lua, algo muda dentro da gente, é como se aprofundássemos nossas relações internas e com toda a natureza ao redor. Quanto mais estudo e sinto o sagrado feminino, mas encantada fico com as conexões que vão se dando. Para mim toda vez que penso ou converso sobre o tema é como se algo florescesse dentro de mim, me sinto mais conectada e as coisas passam a fazer mais sentido.

Bem escrevo sobre algo que já tive a oportunidade de falar com algumas mulheres sobre o assunto, mas senti que seria interessante compartilhar por aqui também. Quem escreveu sobre isso foi Miranda Gray, a idealizadora da benção mundial do útero. Como citei no início a lua tem forte influência em todos os seres, mas nas mulheres digamos que tem uma influência a mais, pois somos cíclicas como a lua, vivemos as quatro fases durante o mês. 
Dentro disso resolvi compartilhar esse trecho que fala um pouco mais sobre o assunto no livro Lua Vermelha de Miranda Gray (p.118-119).

OS CICLOS DA LUA BRANCA E DA LUA VERMELHA

A menstruação costuma produzir-se aproximadamente quando há lua cheia ou nova. E em cada lua ira ter um ciclo e influência diferente, já que cada lua representa um arquétipo diferente (pensarei e um próximo texto falando destes).
Bem comecemos pelo “ciclo da lua branca é quando coincide a energia fértil feminina e a da lua cheia (considerada fértil também), representa uma grande oportunidade para que as forças criativas da mulher se expressem na concepção. Assim, este ciclo se converteu em o dia da "boa mãe", que é o único aspecto que aceita a sociedade patriarcal. De maneira contrária, o ciclo da lua vermelha se dá quando a ovulação coincide com a lua nova, era menos aceitável; que deve seu nome as manchas de cor vermelho sangue que se pode ver na lua cheia quando aparece no horizonte, onde a atmosfera é mais densa. Assim, ao ter lugar a ovulação quando há lua nova - é dizer, na obscuridade-, as energias criativas da feiticeira se manifestam a partir do momento em que começa a aparecer luz novamente.”

“O ciclo da lua vermelha se centra no desenvolvimento interior e a manifestação do mesmo, e não a expressão das energias baseadas na procriação e no mundo material, como na lua branca. Como os homens consideraram o ciclo da lua vermelha mais poderoso e menos controlável, este ciclo se converteu em o da "mulher malvada", a sedutora, a feiticeira ou a horrível bruxa, cuja sexualidade não estava destinada precisamente a dar vida a futura geração”. Ou seja, a mulher estando mais voltada para si mesma e estando fértil numa lua obscura, representava um maior risco ao patriarcado, pois, ao se conectar com a sua interioridade pode chegar a perceber mais coisas ao redor e até mesmo a própria opressão sofrida, em relação as que estavam conectadas com o mundo material (não que estas também não pudessem chegar as mesmas percepções), se tornando mais difíceis de controlar e prever.

“Sem embargo, ambos os ciclos são a expressão das energias femininas, e nenhum é mais poderoso ou melhor do que o outro. De fato, ao longo da sua vida talvez comprove que os seus ciclos possam mudar de orientação entre o da lua branca até o da lua vermelha, segundo suas circunstancias pessoais, ambições, emoções e metas.” Mesmo que a sua lua não esteja definida na fase cheia ou nova, entende-se que esteja em processo de transição, onde é possível perceber analisando a partir das anotações dos últimos períodos qual tem sido a lua que tem sido mais recorrente.
(não encontrei referência da imagem)